O rebanho bovino no estado da Paraíba apresentou um crescimento de 13,1% no período dos últimos cinco anos, conforme levantamento feito pelo Sebrae/PB divulgado no Boletim Técnico do Agronegócio Rebanhos da Paraíba. O crescimento considera o ano de 2016, época que o território paraibano tinha o quantitativo de 1.187.981 animais, comparado ao ano de 2020, quando esse mesmo número somou a existência de 1.344.094 cabeças.
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Além da constatação observada na expansão do rebanho, o levantamento revela que o Sertão é a região da Paraíba que concentra o maior quantitativo de bovinos. São 545.339 mil animais, o que representa o percentual de 45,9% de toda criação desse segmento existente no estado. Nas demais regiões, o Agreste apresenta o total de 384.460 cabeças, enquanto a Borborema tem 256.208 e a Mata Paraibana, 158.096.
Os dados relacionados ao levantamento indicam, também, que os municípios de Pombal, Sousa e Paulista são os que apresentam maior número de animais em todo o estado. Conforme o gerente regional da agência do Sebrae/PB em Pombal, Lúcio Wolmer, a estatística indica uma realidade de recuperação do rebanho após o período de quase uma década de estiagem.
“Percebemos que ultrapassamos a triste realidade de uma seca que durava quase 10 anos, quando os nossos rebanhos foram dizimados. De alguma forma, essa tragédia funcionou como uma propulsora na seletividade natural de pessoas que realmente tinham interesse em permanecer na agropecuária, como também investir em tecnologia com mais produtividade e menos custos produtivos”, disse.
Ainda falando sobre a recuperação da atividade da bovinocultura, Lúcio Wolmer explica que muitas ações foram executadas em apoio aos criadores. “Nesse contexto, o Sebrae/PB, ao lado de parceiros como o Banco do Nordeste, Empaer e Banco do Brasil, sempre esteve apoiando a bovinocultura, executando ações de feiras, capacitações, consultorias e procurando trabalhar projetos de desenvolvimento”, acrescentou.
Considerando o quantitativo de todo o rebanho bovino criado no estado, 20,7% são de vacas para ordenha, que são responsáveis pela produção de leite. Conforme Lúcio Wolmer, a atividade está inserida na região como parte da própria cultura e representa também rendimentos para as famílias.
“Ao lado de Paulista, Pombal é o maior produtor de leite do estado. Antes, de maneira arcaica, isso era secundário e por sobrevivência, mas agora cada vez em maior quantidade o pequeno produtor muda o seu mindset para consciência de empreendedor e adepto de tecnologias, desde o pasto rotacionado, a gestão da propriedade, o benchmarking, a genética, a qualidade do leite, fazendo com que produzamos mais com menos e de maneira assertiva”, concluiu.