Economia EMPREGOS
Taxa de desemprego cai para 7,8% em 2023, menor patamar desde 2014
O resultado representa uma queda de 1,8 ponto percentual. frente a de 2022, quando marcou 9,6%. Em dezembro, o índice caiu para 7,4%
31/01/2024 09h26
Por: Redação

A taxa de desemprego fechou 2023 com uma taxa média anual de 7,8% em 2023, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p), frente a de 2022, quando marcou 9,6%. O resultado do ano é o menor desde 2014, confirmando a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da covid-19. O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7%.

No trimestre encerrado em dezembro de 2023, o índice chegou a 7,4%. O resultado representa uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação com o trimestre de julho a setembro, e é a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 7,6%. 

“A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. A população ocupada chegou a 101,0 milhões, crescimento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e 1,6% (mais 1,6 milhões) no confronto interanual.

Desemprego em 2023
Segundo o IBGE, o resultado médio anual confirma a tendência de queda na população desocupada, que caiu 17,6%, chegando a 8,5 milhões de pessoas. A população ocupada média bateu recorde no ano passado e chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado 3,8% acima de 2022. Em comparação com a média de 2012, de 89,7 milhões, representa um aumento de 12,3%. 

O nível médio da ocupação, que é o percentual ocupados na população em idade de trabalhar, também cresceu e chegou a 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022, que foi de 56%.

No ano, o número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série. O contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.

O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas. A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, alcançando 3,7 milhões de pessoas.

Rendimento médio aumenta e massa de rendimento bate recorde em 2023
O rendimento médio foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2%, cerca de R$ 199, na comparação com 2022. O resultado chega perto do maior patamar da série, em 2014, quando foi R$ 2.989. O valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior da série, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.

 

 

Por Exame