Economia Política
Governo avalia propor taxação de jogos de azar com "imposto do pecado"
Projeto que legaliza jogos de azar no país foi aprovado na última semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal
25/06/2024 15h12
Por: Redação
Pixabay Cassino poderá ser legalizado no Brasil

A equipe econômica do governo Lula (PT) pode incluir a taxação de jogos de azar no imposto seletivo, conhecido popularmente como imposto do pecado , taxa que já foi aprovada no âmbito da reforma tributária e que aguarda a regulamentação do texto. 

O imposto do pecado incide sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, com a premissa de desestimular o consumo desses produtos.

"É uma demanda de alguns deputados e nós estamos avaliando se faz sentido ou não. De novo, é a mesma questão que vem no caso do cigarro. Você tem que tributar sim, faz mal para a saúde, todo mundo sabe. Mas se você errar na mão, você estimula muito contrabando [jogo irregulares]", disse o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy.

"A gente tá fazendo com a Secretaria de Apostas lá do Ministério [da Fazenda]", afirmou o secretário.

Imposto do pecado
Até o momento, o texto que detalha os produtos que terão incidência do imposto do pecado inclui na lista os cigarros, bebidas alcoólicas, açucaradas, carros e petróleo.

No caso dos jogos de azar, os impactos são perceptíveis tanto na saúde mental quanto financeira do indivíduo. Desde 1980, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece o vício em jogos como uma patologia. Em 2016, estima-se que os apostadores em todo o mundo perderam US$ 400 bilhões em apostas.

Legalização dos jogos de azar
Na quarta-feira (19), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 14 votos a 12, o projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil. O texto segue, agora, para análise no plenário da Casa. Não há previsão de quando isso acontecerá. O texto do relator permite a instalação de cassinos em polos turísticos e legaliza o jogo do bicho.

Segundo o relator, senador Irajá (PSD-TO), os jogos de azar já fazem parte da realidade no Brasil e a sua regulamentação poderá angariar mais dinheiro para os cofres públicos e a possibilidade de investimentos privados com a construção de cassinos.


Por Brasil Econômico