Em live nas redes sociais nesta segunda-feira (30), o cantor Gusttavo Lima negou ser sócio oculto da plataforma de apostas Vai de Bet e disse não ter envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e divulgação de jogos online ilegais. O artista teve a prisão decretada na segunda-feira (23) na investigação da Operação Integration, mesmo processo em que a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela foram presas. “Eu fui surpreendido por tantas mentirias, suposições e fake news. Eu estou muito tranquilo, acredito na Justiça do Brasil”, disse o sertanejo.
Na transmissão, Gusttavo Lima convidou o advogado Claudio Bessas para esclarecer pontos do caso, entre eles a venda de um avião, que segundo as investigações, teria sido usado para ocultar R$ 22 milhões. Segundo o cantor, a aeronave continua no nome da Balada Eventos, empresa do sertanejo, por ainda não ter um termo de quitação, mas disse não haver irregularidades. No último dia 24, o Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou a ordem de prisão contra ele.
Em relação à ligação do cantor com jogos de aposta ilegais, ele afirmou que seria apenas “garoto propaganda” da empresa investigada e que teria um contrato de publicidade com a Vai de Bet, onde em uma possível venda da companhia, ele receberia 25% da marca.
O sertanejo negou, ainda, ter ajudado os donos da plataforma de apostas, investigados por lavagem de dinheiro, a fugir do país. Durante a live, o cantor e o advogado chegaram a exibir a lista dos 12 passageiros presentes na aeronave no voo da Grécia para o Brasil. “Meu coração está tranquilo, apesar de achar tudo isso uma loucura”, disse.
Relembre o caso
No início da semana, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima. A ordem de prisão foi baseada em informações da Operação Integration, que apura crimes de lavagem de dinheiro e divulgação de jogos online ilegais. Nesse mesmo processo, foram presas a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela.
Na decisão, a juíza ainda determinou o bloqueio de R$ 3,3 milhões das contas do cantor (R$ 2 milhões de contas pessoais dele e R$ 1,3 milhão da conta de uma empresa administrada pelo sertanejo) e ordenou o sequestro cautelar de imóveis (medida judicial usada para garantir que um bem como uma casa ou terreno não seja vendido ou transferido enquanto uma disputa legal está em andamento) em nome do cantor.
Segundo a juíza, um dos motivos para decretar a prisão de Gusttavo Lima foi o fato de ele supostamente ter ajudado outras duas pessoas investigadas pelo esquema, hoje consideradas foragidas, a sair do Brasil para não serem presas.
A Operação Integration tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimenta grandes quantias através da exploração ilícita de jogos. Na ordem de prisão de Gusttavo Lima, a juíza destacou que uma empresa do cantor teria ocultado quase R$ 10 milhões, 5.720 euros (cerca de R$ 35 mil), 5.925 libras (cerca de R$ 43 mil) e 1.005 dólares (cerca de R$ 5.500) provenientes dos jogos.
Por R7