À medida que o final do ano se aproxima, muitos trabalhadores começam a receber a tão esperada primeira parcela do 13º salário. Esse recurso extra pode ser um alívio importante nas finanças pessoais, mas também exige planejamento para evitar desperdícios. Paco Fazito, especialista em investimentos e seguros, compartilha três dicas essenciais para quem quer aproveitar essa renda adicional com inteligência e começar o próximo ano com as contas em dia. Confira!
1. Priorize o pagamento de dívidas
Paco explica que, antes de pensar em gastar, o ideal é avaliar as pendências financeiras e, se possível, quitar dívidas de maior custo, como cartão de crédito ou cheque especial. “Essas dívidas possuem os maiores juros do mercado, então pagá-las com a primeira parcela do 13º é uma ótima forma de evitar que esses juros se acumulem e comprometam o orçamento”, explica. Ele afirma que, ao eliminar essas despesas, o trabalhador tem mais liberdade financeira e evita o chamado “efeito bola de neve”.
2. Crie uma reserva de emergência
Com as contas em dia, o próximo passo recomendado por Paco é construir uma reserva de emergência. “Ter um fundo de segurança é essencial, pois imprevistos acontecem, e contar com essa reserva evita que seja necessário recorrer a empréstimos ou outras linhas de crédito em situações inesperadas”, afirma.
Ele orienta que, mesmo com a primeira parcela do 13º, é possível destinar uma parte para começar esse fundo, aplicando o valor em investimentos de liquidez imediata, como poupança ou fundos de renda fixa.
3. Invista no futuro e aproveite as oportunidades
Além de organizar o presente, Paco recomenda destinar parte do 13º para investimentos que gerem retornos no longo prazo. Ele explica que o final do ano é propício para avaliar oportunidades financeiras, como previdência privada, ações ou até mesmo um curso de qualificação. “Esse investimento no futuro pode ser o diferencial para quem deseja segurança financeira e crescimento patrimonial”, comenta o CEO da Odonto Pay.
Para definir quanto do 13º salário deve ser destinado ao investimento, é essencial avaliar a situação financeira da pessoa. Se alguém ganha R$ 3 mil e recebe R$ 2.500 de 13º, uma recomendação prática seria destinar parte desse valor para quitar dívidas de maior custo, caso existam. Se estiver com as contas em dia, haverá mais margem para investir.
Caso o indivíduo ainda não tenha uma reserva de emergência , reservar pelo menos 20% do valor extra para isso é recomendável. Isso equivaleria a R$ 500 dos R$ 2.500 do 13º e, com o restante, ele pode considerar investir de 20% a 30% do total do 13º, ou seja, entre R$ 500 e R$ 750, em aplicações de longo prazo, como previdência privada ou fundos de investimento.
Paco conclui reforçando que o 13º salário é uma oportunidade valiosa para melhorar a saúde financeira, desde que seja utilizado com planejamento e objetivos claros. “Com disciplina, é possível transformar essa renda extra em uma ferramenta de progresso financeiro”, finaliza.
Por Henrique Souza/EdiCase