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Secretário nega que administração tenha sido alvo de operação da PF
“Nenhum prédio da prefeitura foi alvo de busca e apreensão”, explica Francivaldo Dias
03/04/2025 13h08 Atualizada há 4 semanas
Por: Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Secretário de Administração do município de Patos, Francivaldo Dias, negou informações publicadas em sites de notícias e em Redes Sociais de que a Operação da Polícia Federal-PF, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos da saúde, tenha feito busca e apreensão em repartições públicas da administração na manhã desta quinta-feira, dia 03. “A presente operação deflagrada hoje em Patos, não teve como alvo de busca e apreensão nenhum prédio da prefeitura”, esclareceu Dias, acrescentando que sua pasta está à disposição pra fornecer qualquer tipo de informação solicitada pelos órgãos de fiscalização e controle, caso venha ser solicitado.

 

Operação da PF

 

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (3), na segunda fase da Operação Outside, da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF). A operação investiga possíveis irregularidades em processos de licitação, superfaturamento e desvio de verbas públicas federais, e a primeira fase aconteceu em julho de 2024.

 

As investigações, que resultaram na deflagração das duas fases da Operação Outside, dizem respeito a repasses realizados para a restauração de avenidas em Patos, conhecidas como Alças Sudeste e Sudoeste, cujas obras ainda estão em andamento. Na primeira fase, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis de um empresário e de uma construtora. A polícia não divulgou o nome dos investigados e nem os locais da segunda fase da operação.

 

O contrato investigado foi celebrado em 31 de dezembro de 2020, entre o Ministério do Desenvolvimento Regional, por intermédio da Caixa Econômica Federal, e a Prefeitura Municipal de Patos, com prazo de vigência até 31 de dezembro de 2024. Os recursos a serem repassados pela União são de aproximadamente R$ 4,8 milhões, com contrapartida de recursos municipais de R$ 285.882,50, totalizando pouco mais de R$ 5 milhões.

 

De acordo com o MPF, em ação cautelar penal acatadas pela Justiça Federal, foram constatadas as suspeitas de crimes como frustração do caráter competitivo, pagamento irregular em contrato administrativo, peculato, crimes tributários e lavagem de dinheiro.

 

Foram encontrados também indícios de irregularidades na concorrência realizada durante o procedimento licitatório deflagrado para contratar a empresa responsável pela execução da obra, tais como conluio entre os licitantes e cláusulas restritivas de concorrência no edital.

 

Há a suspeita também de indícios de superfaturamento nos aditivos contratuais e jogo de planilha. Ainda de acordo com as investigações, também foram encontrados indícios de vínculo da empresa vencedora da concorrência com agentes públicos da Prefeitura Municipal de Patos.

 


Por Assessoria