Investidores esportivos e empresas de private equity preparam propostas para comprar o Chelsea, diante de sinalizações de que o magnata russo Roman Abramovich possa vender o clube inglês, atual campeão mundial. A informação foi divulgada pela agência Bloomberg nesta sexta-feira (25).
De acordo com a agência, o negócio pode ser sem precedentes na história do futebol mundial. A consultoria KPMG estima o valor de mercado do clube em 1,9 bilhão de euros, o que representa cerca de R$ 11 bilhões.
Para efeito de comparação, a recente compra do Newcastle pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita girou em torno de US$ 409 milhões, o equivalente a R$ 2,1 bilhões.
Abramovich está sob pressão no Reino Unido. Ainda fora das listas de sanções, o magnata é visto como parte do grupo de grandes empresários russos próximos ao presidente do país, Vladimir Putin. Diante da forte rejeição à guerra na Ucrânia dentro do Reino Unido, Abramovich está em posição sensível.
Nesta quinta-feira (24), o deputado trabalhista Chris Bryant revelou documentos de 2019 que atestam proximidade de Abramovich com Putin e pediu que o magnata seja removido do comando do clube inglês.
No mundo do futebol, decisões diversas contrárias à Rússia foram tomadas. A UEFA transferiu a final da Champions League, que seria em São Petersburgo, para Paris, a FIA cancelou o GP da Rússia da Fórmula 1 e o clube alemão Schalke 04 retirou a marca da Gazprom, empresa estatal russa, da sua camisa.
Sofia Abramovich
Se Roman Abramovich está ao lado de Putin, o mesmo não pode ser dito da sua família.
Nesta sexta-feira (25), a socialite Sofia Abramovich, filha de 27 anos de Roman, se manifestou contra a invasão da Ucrânia pelo seu país natal. Ela compartilhou uma imagem que nega que os russos queiram a guerra e atribui o conflito apenas ao presidente do país.
"A maior e mais bem sucedida mentira da propaganda do Kremlin [sede do governo russo] é que a maior parte dos russos apoiam Putin", diz a mensagem publicada por Sofia nos stories do seu perfil no Instagram.