Quem estiver em uma estreita faixa de terra no Hemisfério Norte, nesta quinta-feira (10), terá o privilégio de observar o primeiro eclipse solar de 2021, que também será o único anelar. O fenômeno será visto em sua totalidade em partes do Canadá, Rússia e Groenlândia. O R7 fará transmissão ao vivo a partir das 5h (horário de Brasília).
Segundo o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), um eclipse solar ocorre sempre que a Lua se posiciona exatamente entre a Terra e o Sol, projetando uma sombra sobre o nosso planeta. Veja no desenho abaixo:
Um eclipse solar anelar, por sua vez, se dá quando a Lua está a uma distância maior da Terra e seu tamanho aparente não é o suficiente para encobrir totalmente o Sol. O nome "anel de fogo" é uma referência ao círculo brilhante formado ao redor da Lua.
De acordo com o professor, eclipses, em geral, sejam eles solares ou lunares, ocorrem no mínimo duas vezes ao ano e, no máximo, sete. Além do anelar, existem outros três tipos de eclipse solar: total, parcial e híbrido.
"O total ocorre quando a Lua encobre totalmente a luz solar, como se o dia se transformasse em noite por alguns instantes", afirma. "Já durante um eclipse parcial, o Sol fica parcialmente encoberto, seja metade, um terço, um quarto ou a porcentagem que for. O híbrido, por fim, é uma 'mistura', e se dá quando em algumas partes do mundo, é possível ver o anelar, e em outras, o total."
O último eclipse solar anelar ocorreu em 2019 e pôde ser observado em partes da Ásia e do Oriente Médio. Os brasileiros serão agraciados com uma visão total de um fenômeno deste tipo somente em 2023.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques