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“Operação Sushi Paulistano”: Cinco paraibanos, sendo dois de Patos e um de Santa Terezinha-PB, são resgatados de condição análoga à escravidão em dois restaurantes, em São Paulo

Ao todo, foram resgatados 17 pessoas, todas do Nordeste. Ação aconteceu durante a 'Operação Sushi Paulistano', força tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo, Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo e Polícia Federal.

10/09/2022 às 14h08
Por: Redação
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“Operação Sushi Paulistano”: Cinco paraibanos, sendo dois de Patos e um de Santa Terezinha-PB, são resgatados de condição análoga à escravidão em dois restaurantes, em São Paulo

Cinco paraibanos foram resgatados de situação análoga à escravidão em dois restaurantes localizados em São Paulo. A ação aconteceu durante a ‘Operação Sushi Paulistano’, uma força tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo, Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo e Polícia Federal. Ao todo, foram resgatados 17 pessoas, todas do Nordeste.

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Dentre os cinco paraibanos, dois são do município de Patos, um é do município de Santa Terezinha, um é de Barra de Santa Rosa e um de Cuité. Três deles estavam no Restaurante Sushi Vila Gustavo e têm 19 anos de idade. Os outros dois paraibanos foram resgatados do Restaurante Sushi Tucuruvi Delivery e têm 25 e 27 anos de idade.

 

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), os trabalhadores não haviam sido registrados no e-Social, eram alojados em condições degradantes e realizavam jornadas de trabalho de até 14 horas diárias. Eles eram alojados em duas casas e dormiam em colchões sem a devida higiene e sem roupas de cama. No local, os agentes observaram também paredes úmidas, mofadas e com risco de incêndio.

 

Ainda segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), os trabalhadores de uma das casas eram obrigados a dividir um chuveiro quebrado. Um deles afirmou que há cinco dias não tomava banho por causa do frio. Sobre a condição das vítimas resgatadas, o auditor fiscal Paulo Roberto Warlet da Silva declarou que a condição “além de atingir sua dignidade, era incompatível com a higiene exigida pela vigilância sanitária nos restaurantes”. Havia também lixo e sujeira espalhados pelas casas, cheiro forte de suor e urina.

 

Uma testemunha, que não teve o nome revelado, ouvida pelo MPT em audiência prévia à força-tarefa afirmou que os trabalhadores iniciavam a jornada às 8h, no preparo dos alimentos, mas o cartão de ponto só era batido às 12h, por outras pessoas. Os restaurantes continuavam recebendo pedidos até após 23h, e os trabalhadores tinham que ficar até que o último cliente fosse atendido.

 

Outra constatação na diligência é que os restaurantes se apropriavam de valores pagos aos empregados, como as gorjetas, e nunca recebiam pelas horas extras.

 

O grupo empresarial teve de comprovar, aos auditores do Trabalho, a formalização dos registros no e-Social e o pagamento de verbas rescisórias aos empregados. Na próxima semana, os empregadores deverão comparecer ao MPT-SP para discutir um Termo de Ajustamento de Conduta e reparação de dano moral individual e coletivo.

 

Fonte: g1 PB

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