A bola já começou a rolar na Copa do Mundo do Catar, com a vitória de 2 a 0 do Equador contra a equipe da casa. Foi a primeira vez na história que a seleção do país-sede perde em sua estreia na competição. Mas a infraestrutura produzida para receber o evento, nem de longe, se parece com o apático futebol demonstrado pelos donos da casa. Tudo isso, claro, a um valor elevado.
As estimativas são de que o Catar tenha gastado entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões com o evento. O montante tornaria esta Copa do Mundo a mais cara da história, superando a realizada no Brasil, em que os custos estimados foram de US$ 15 bilhões. O preço estimado da Copa do Catar é até 20 vezes o da Rússia, estimado em US$ 11 bilhões.
Segundo o jornal britânico The Sun, do valor total para receber a Copa do Mundo de 2022, apenas US$ 6,5 bilhões foram destinados a estádios, categorias de bases dos times locais e em instalações para torcedores.
Em entrevista ao The Sun, a diretora executiva de comunicações do torneio, Fatma Al Nuaimi, disse que parte desse dinheiro foi dirrecionado para diferentes setores da economia local, como parta da estratégia do governo de promover o Qatar National Vision 2030, de "desenvolvimento intensivo de instalações e indústrias urbanas e nacionais, além de sistemas de educação e saúde".
"A cifra de US$ 200 bilhões, frequentemente associada à Copa do Mundo, é na verdade parte dessa ambiciosa estratégia para o desenvolvimento e modernização nacional do Catar", disse.
Segundo ela, a maior parte das grandes obras de infraestrutura, como novas estradas, metrô, aeroporto, hotéis e outros equipamentos turísticos, foram planejadas antes mesmo de o direito de sediar a Copa do Mundo ser obtido.
"Esses projetos teriam sido implementados de qualquer maneira, no entanto, o campeonato de futebol certamente acelerou todos esses desenvolvimentos para que o país possa receber os 1,5 milhão de torcedores que esperamos em 2022", disse Fatma Al Nuaimi ao The Sun.
Por Exame