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Câmara lança campanha de combate à violência política contra mulheres

Billy Boss/Câmara dos Deputados Lançamento da campanha de combate à violência política contra mulheres Com a presença das ministras das Mulheres,...

Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
28/03/2023 às 21h00
Câmara lança campanha de combate à violência política contra mulheres
Lançamento da campanha de combate à violência política contra mulheres - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

Com a presença das ministras das Mulheres, Aparecida Gonçalves, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, a Câmara lançou nesta terça-feira (28) a quarta edição da campanha de combate à violência política contra mulheres. Na opinião da segunda-secretária da Câmara, deputada Maria do Rosário (PT-RS), ao realizar esse trabalho de conscientização, o Parlamento “passa um recado para a sociedade brasileira de que nenhuma violência contra a mulher deve ser aceita, e toda mulher deve ser respeitada”.

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A deputada ressaltou que homens e mulheres são iguais perante a principal lei do país, a Constituição, mas essa igualdade precisa ser vivida no cotidiano. Para Maria do Rosário, o desrespeito com que são tratadas não pode definir as mulheres.

“O que nós desejamos é realmente poder afirmar que nosso lugar é onde quisermos e onde nós mais pudermos contribuir com a democracia e com o Brasil", ressaltou. "A Câmara se empenha pelo respeito à vida das mulheres, pelo respeito ao trabalho de todas as mulheres, em todo lugar do Brasil, aquela que lava a roupa, que trabalha carregando as crianças, na escola, que as educadoras desse Brasil saibam que nós estamos do lado delas, saibam que toda mulher terá e tem nessa Casa o respeito pela sua condição de mulher, de cidadã brasileira.”

Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, a luta das mulheres é fundamental para a democracia e é fundamental enfrentar a violência política, que se manifesta de diversas formas. Tanto que, segundo afirma, quase 82% das mulheres que ocupam espaço político já sofreram algum tipo de violência – que não se limita aos períodos eleitorais, acomete todas que ocupam cargos políticos ou lutam por seus direitos.

Arthur Lira sugere, inclusive, que a Câmara coordene uma ação com outras entidades para criar um protocolo de combate à violência política.

“Não podemos permitir que a violência política contra as mulheres continue a ser uma realidade no nosso país. A Câmara dos Deputados está disposta a combater e criar mecanismos para prevenir tais comportamentos, para apoiar o trabalho de todas as mulheres que se envolvem na política, afim de que possam exercer plenamente as funções para as quais foram eleitas ou se disponham a exercer”, afirmou.

Impunidade
Na opinião da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, não é possível falar sobre esse tema sem se lembra da que “talvez tenha sido a maior violência política do Brasil”: o assassinato de Marielle Franco. Então vereadora do Rio de Janeiro, Marille, irmã de Anielle, foi morta em março de 2018 e até hoje ninguém foi responsabilizado como mandante do crime.

Ministra Anielle Franco lembra violência sofrida pela irmã, Marielle, assassinada quando era vereadora
Ministra Anielle Franco lembra violência sofrida pela irmã, Marielle, assassinada quando era vereadora - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

A impunidade, aliás, representa a maior causa da perpetuação da violência contra as mulheres, defende a vice-presidente da Temática de Gênero da Frente de Prefeitos Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (BA). Para a ex-deputada, é necessário não apenas julgar, mas prender de forma a punir os ofensores.

“Nós precisamos não só de leis, nós precisamos de ações, e precisamos cada vez mais de que a punição aconteça. Não dá para passar tantos anos sem descobrir quem matou Marielle, não dá para passarmos tantos anos com a impunidade reinando, a gente só denunciando que está sendo agredida. Achavam pouco as outras formas de agressão, ainda inventaram a agressão política”, disse.

À frente do Ministério das Mulheres, Aparecida Gonçalves garantiu que irá empreender uma cruzada contra a misoginia. Para ela, também não é possível que continue morrendo uma mulher a cada seis horas, que a violência sexual continue aumentando, ou que políticas continuem sendo obrigadas e deixar a vida pública devido às agressões. A ministra ressaltou, no entanto, que as mulheres não podem ser caladas pela violência, porque esse seria o objetivo dos que se utilizam “do ódio, da misoginia e da ameaça”.

Livro
Durante o lançamento da campanha, promovida pela Secretaria da Mulher, foi lançado um livreto sobre o assunto, chamado "O que é Violência Política contra a Mulher?". Produzido pela Edições Câmara, o trabalho foi realizado pelas assessoras da Secretaria Daniela Gruneich e Iara Cordeiro.

Procuradora da mulher na Câmara, a deputada Maria Rosas (Republicanos-SP) ressaltou a importância da publicação, uma vez que não se pode lutar por direitos sem conhecê-los. A deputada adiantou que a Secretaria vai lançar cursos voltados a mulheres em parceria o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), órgão de formação continuada da Casa. Segundo informou, será ofertado um curso sobre como criar procuradorias da mulher em assembleias estaduais e câmaras de vereadores, e outro sobre violência política contra a mulher.

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