Um estudo que contou com a colaboração de cientistas de 14 países revela que toda espécie possui uma taxa fixa de envelhecimento na vida adulta. Os resultados foram publicados na revista Nature na última quarta-feira (16)
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
Humanos e primatas seguem sempre um padrão: um alto risco de morte na infância e que diminui com a chegada da adolescência, depois disso a taxa de mortalidade permanece baixa até o início da idade adulta e então aumenta continuamente conforme a idade da pessoa for avançando
A equipe liderada por Fernando Colchero, da University of Southern Denmark, analisou 30 espécies de primatas, entre eles gorilas, babuínos e chimpanzés, e também registros de nascimento e morte de populações que viveram na Europa entre os séculos 17 e 20 para chegar à conclusão
"Nossos resultados apoiam a teoria de que, em vez de abrandar a morte, as pessoas estão vivendo mais devido à redução da mortalidade em idades mais jovens. Isso sugere que fatores biológicos, em vez de fatores ambientais, em última análise, controlam a longevidade", destaca José Manuel Aburto, pesquisador da Universidade de Oxford e envolvido no estudo, em comunicado divulgado pela instituição
Os resultados desse estudo vão no caminho contrário de pesquisas realizadas durante décadas e que buscavam reverter ou prevenir o envelhecimento em pessoas com idade avançada por meio de experiências com genoma e com o auxílio da Inteligência Artificial
Os cientistas afirmam, com base na pesquisa, que um aumento acentuado nas taxas de mortalidade com a chegada da velhice são evidentes e irreversíveis não só entre os humanos, mas também em outras espécies
"O estudo sugere que a biologia evolutiva supera tudo e, até agora, os avanços médicos não foram capazes de superar essas restrições biológicas", completa José