Resumão
Ganhou quem criou mais, quem se defendeu melhor e quem foi superior taticamente. Não, não é o time de Pep Guardiola. É o Chelsea de Thomas Tuchel, que está na equipe apenas há cinco meses. Com gol do alemão Havertz, a equipe londrina venceu o Manchester City por 1 a 0, no Estádio do Dragão, neste sábado, e conquistou a sua segunda taça da Liga dos Campeões. Em sua primeira decisão, os Cityzens amargam o vice na despedida de Agüero.
CHELSEA É BI!
Em sua terceira final, o Chelsea leva a sua segunda taça da Liga dos Campeões. O Manchester City estava em sua primeira decisão e ficou com o vice. O time londrino agora empata com o Nottingham Forest, na terceira posição entre os ingleses mais vencedores. Liverpool (6) e Manchester United (3) estão na frente. O maior vencedor você sabe quem é: o Real Madrid, com 13 taças.
PRECISÃO DE CAMPEÃO
No encontro de duas das melhores defesas do mundo, o Chelsea foi mais completo. Guardiola optou por deixar Rodri e Fernandinho no banco e escalar Sterling. Mas quase não ameaçou o gol de Mendy. Os Blues de Londres fizeram um grande primeiro tempo no ataque e deram aula defensiva na segunda etapa. Com transição rápida, Werner assustou em duas boas chegadas na frente, uma delas defendida por Ederson.
Mas o gol sairia aos 42. Mendy lançou Chilwell na esquerda, o lateral desviou para Mount, que deu um passe magistral, em velocidade, para Havertz. O alemão saiu cara a cara com Ederson, se livrou do brasileiro e mandou para o gol: 1 a 0. Na volta do intervalo, o City sofreu um baque. De Bruyne precisou ser substituído após choque com Rüdiger.
A equipe de Guardiola fechou a segunda etapa com quase 68% de posse de bola, mas sem efetividade. Foram 11 cruzamentos na área e apenas quatro finalizações no segundo tempo, sem sucesso. Sem acertar o gol de Mendy. A melhor chance nos 45 minutos finais foi do campeão. Aos 27, Havertz acionou Pulisic em velocidade pela direita, mas o norte-americano finalizou para fora. Agüero e Gabriel Jesus ainda entraram em campo, mas não conseguiram penetrar na área do Chelsea. Nem com sete minutos de acréscimos. A Orelhuda foi para Londres.
Em 2017, há quatro anos, Kai Havertz foi desfalque do Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões porque... tinha uma prova importante na escola! Em 2021, ele é o herói do bicampeonato do Chelsea na Champions. O jovem alemão, de 21 anos, é a contratação mais cara da história do time londrino. Chegou para esta temporada por 80 milhões de euros e marcou apenas um gol na Liga dos Campeões: o da decisão.
FINAL FELIZ PARA O MONSTRO
Thiago Silva fez sua segunda final seguida de Champions e passou por um drama no Estádio do Dragão. Aos 38 minutos do primeiro tempo, ele saiu de campo com dores na virilha. Pode ser problema para a seleção brasileira. Mas terminou a partida com o título que faltava para a sua vitoriosa carreira. Aos 36 anos, ele conquista sua primeira Liga dos Campeões, o 30º título como profissional. Ele é o 54º brasileiro a levantar a taça da Champions na história.
DEFESA QUE NINGUÉM PASSA
A atuação defensiva do Chelsea foi essencial na decisão. Em 30 jogos sob o comando de Thomas Tuchel, o time tomou apenas 16 gols. Em 19 partidas, os Blues não tomaram gols sob o comando do alemão. Na Champions, o Chelsea não foi vazado em cinco das sete partidas desde que o treinador chegou. Contra o Manchester City, o clube londrino trabalhou intensamente para evitar as finalizações do rival e praticamente não deu espaços. Guardiola viu sua equipe sair sem criar chances de perigo.
O DRAMA DE DE BRUYNE
Craque do Manchester City, De Bruyne não teve uma tarde feliz. Ele tocou apenas 37 vezes na bola, não finalizou e deu apenas um passe decisivo na partida (que termina em finalização). A primeira final de Champions do belga ainda terminou com um susto. No começo da segunda etapa, ele se chocou com Rüdiger e ficou com o olho esquerdo roxo. Precisou ser substituído e saiu de campo chorando.
O PRIMEIRO VICE
Depois de parar nas oitavas de final uma vez, e três vezes nas quartas, Pep Guardiola chegou à sua primeira final de Liga dos Campeões com o Manchester City confiante. Mas amargou o seu primeiro vice na competição. Bi com o Barcelona, o treinador espanhol tinha a chance de levar o terceiro título e igualar os recordes de Bob Paisley, Carlo Ancelotti e Zinedine Zidane, únicos técnicos três vezes campeões do torneio. Mas não deu. Ele ainda poupou os jogadores de críticas.
Fonte: Globo