O WhatsApp confirmou nesta terça-feira (29) que todos os usuários do app no Brasil podem usar a função de transferência de dinheiro.
A novidade foi lançada no início de maio, mas sua liberação para as pessoas foi gradual. Conforme alguns tinham acesso e faziam pagamentos, aqueles que recebiam eram "convidados" automaticamente.
Agora, 100% da base de usuários podem encontrar a opção de "pagamento" no app. Por enquanto, as transações só funcionam entre pessoas físicas.
Não são cobradas taxas pelas transferências, mas há limite para o envio e o recebimento de dinheiro pelo aplicativo:
Para usar o recurso, é preciso ter uma conta bancária com cartões de débito, pré-pago ou combo com as bandeiras Visa ou Mastercard de um desses bancos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi ou Woop Sicredi. Cartões de crédito não são válidos.
Como enviar ou receber dinheiro pelo WhatsApp?
A opção de transferência no WhatsApp fica no ícone de "clipe de papel" (Android) ou "+" (iPhone) no campo de mensagens, o mesmo em que aparecem as opções de enviar uma imagem, documento, localização ou contato.
Se for a primeira vez usando o serviço, será preciso aceitar os termos de uso, criar um PIN (senha) do Facebook Pay, cadastrar um cartão pré-pago ou de débito de uma das instituições parceiras e confirmar o cadastro na plataforma.
Caso o contato não tenha habilitado o recurso de pagamentos do WhatsApp, uma notificação vai pedir para que ela cadastre o cartão no sistema para receber a transferência – isso precisa ser feito em até 2 dias, caso contrário o valor é reembolsado.
Para fazer as transferências no WhatsApp, as pessoas precisam ter um número de telefone do Brasil. Somente transações dentro do país e em moeda local são autorizadas.
O processamento das transações é feito pela Cielo e a ferramenta é habilitada a partir do Facebook Pay, serviço da empresa que é dona do WhatsApp.
Proteção aos golpes
Com mais de 120 milhões de usuários no Brasil, o WhatsApp é alvo frequente de golpes como clonagem ou roubo de contas.
Questionado sobre como o aplicativo se preparou para proteger os usuários, o executivo Matt Idema disse ao G1 no lançamento da ferramenta que ao fazer o cadastro para pagamentos existem "vários passos para assegurar a pessoa é a dona da conta bancária que está sendo associada ao WhatsApp".
"As transferências e pagamentos são protegidos por várias camadas de segurança, como o PIN do Facebook Pay ou a biometria em dispositivos compatíveis", afirmou a companhia em comunicado.
"Todas as vezes que algum dinheiro é enviado, é preciso autenticar a transação com uma senha ou com segurança biométrica do celular [impressão digital ou reconhecimento facial]", disse Idema.
Em caso de clonagem do aplicativo, quando um golpista instalar o WhatsApp em um celular diferente, será preciso inserir novamente os dados do cartão e colocar o PIN configurado inicialmente.