Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1835 na venda, em alta de 1,21%, maior valor de fechamento desde 27 de março de 2023.
Além de dados do exterior que afetaram a perspectiva sobre os juros nos EUA, no cenário doméstico os investidores receberam com pessimismo a notícia de que o governo federal reduziu a meta fiscal de 2025 para um déficit zero.
A meta é diferente da estipulada no arcabouço fiscal aprovado no ano passado, que previa um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.
O novo regime fiscal, entretanto, tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos, que já indicava uma flexibilização do que foi firmado no ano passado.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 gerou ceticismo entre analistas e incertezas com relação à possibilidade de entrega dos números previstos pelo Ministério do Planejamento.
Nesta terça, o mercado apontou uma perspectiva de menor afrouxamento monetário neste ano, de acordo com o boletim Focus. A mediana das projeções aponta para a taxa básica de juros a 9,13% no final deste ano, primeiro aumento depois de 15 semanas apontando a Selic a 9%.
Para 2025 a taxa segue sendo calculada em 8,50%.
A mudança vem na esteira de alertas do BC sobre o cenário de aumentos de preços, apontando maior preocupação com uma possível pressão de salários e citando maior incerteza sobre a dinâmica de queda da inflação doméstica.
*Com informações de Reuters
Por CNN Brasil
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