O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (22) o relatório “World Economic Outlook” durante a reunião com autoridades de finanças em Washington (EUA), e elevou a projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 para 3% , o que fez com que o país registrasse um dos melhores desempenhos entre as principais economias globais. Esta alta representa um aumento de 0,9 ponto percentual em relação à previsão anterior, que era de 2,1%.
O relatório aponta que a melhora nas projeções de 2024 é resultado de um desempenho acima do esperado no consumo privado e nos investimentos, impulsionados pela geração de empregos e pela transferência de renda por meio de programas sociais.
O Brasil, com uma expectativa de crescimento superior à média da América Latina, que é de 2,1% para o próximo ano, se beneficia também de impactos menores das enchentes no Rio Grande do Sul.
Por outro lado, a expectativa para 2025 é menos otimista, com a previsão de crescimento do PIB brasileiro reduzida de 2,4% para 2,2%. Essa diminuição se deve principalmente à necessidade de manter juros elevados para conter a inflação, o que pode esfriar o mercado de trabalho.
As previsões do FMI estão mais alinhadas com as do governo Lula, que recentemente revisou suas estimativas de crescimento de 2,5% para 3,2%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a economia deve crescer a uma taxa média acima de 2,5% até 2026.
Mundo
No cenário global, o FMI observa que, embora a batalha contra a inflação pós-pandemia tenha avançado, ainda existem pressões de preços. A inflação mundial, que alcançou 9,4% em 2022, deve cair para 3,5% até 2025, abaixo da média registrada antes da pandemia.
Enquanto o crescimento do PIB dos EUA é projetado em 2,8% para este ano, a Europa deve experimentar uma recuperação modesta. Nos mercados emergentes, a expectativa de crescimento permanece em 4,2% para 2024.
O FMI ressalta a importância de um “triplo pivô” para a recuperação econômica: a política monetária, que deve incluir cortes de juros; a política fiscal, com um apelo à contenção do endividamento; e reformas estruturais que aumentem a produtividade e abordem desafios sociais e climáticos.
Por Brasil Econômico
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