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Inflação: apesar de alívio em janeiro, preços seguem pressionando 2025

Pelo segundo ano consecutivo, inflação deve estourar o teto da meta estipulada. Houve desaceleração em janeiro, puxada pela energia elétrica

Por: Redação
15/02/2025 às 12h42 Atualizada em 15/02/2025 às 13h44
Inflação: apesar de alívio em janeiro, preços seguem pressionando 2025
Foto: Divulgação

Apesar da desaceleração na inflação em janeiro, a expectativa é que os preços de bens e serviços continuem pressionando a economia brasileira em 2025 e, pelo segundo ano consecutivo, o índice ultrapasse o teto da meta estipulada. Em 2024, a inflação acumulou alta de 4,83%.

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Segundo dados divulgados na última terça-feira (11/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços subiram 0,16% em janeiro, menor taxa para o mês desde 1994, ano da implementação do Plano Real. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,36 ponto percentual em comparação a dezembro de 2024 (0,52%), mostrando desaceleração.

Desaceleração dos preços
O Brasil, no entanto, tem inflação acumulada de 4,56% em 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025) — ligeiramente acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50%.

A desaceleração do IPCA no primeiro mês de 2025 foi influenciada, principalmente, pela queda de 14,21% nos preços da energia elétrica residencial. O subitem exerceu o impacto negativo mais intenso (-0,55 ponto percentual) sobre o índice geral.

Entenda a situação da inflação no país
Inflação deverá estourar o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, conforme previsões, com certa estabilidade em relação a 2024.
Preços dos alimentos, que têm pressionado a inflação oficial do país, devem recuar neste ano, segundo projeções do governo federal. Ainda assim, os alimentos terão um peso importante no índice.
A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Houve forte aceleração nos preços de carnes, café, leite e derivados.
IPCA é o termômetro oficial da inflação. O índice mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
Projeções para a inflação
No mais recente relatório Focus, analistas financeiros subiram pela 17ª semana consecutiva a projeção do IPCA para este ano. A estimativa para a inflação de 2025 passou de 5,51% para 5,58%.

O Ministério da Fazenda também elevou a estimativa oficial para a inflação, de 3,6% para 4,8%. Ainda assim, a pasta projeta que a inflação dos alimentos deverá cair em 2025.

E o clima?
A partir de cenários apontados por órgãos como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Fazenda espera um cenário “mais benigno” neste ano. A avaliação considera que não são esperados incêndios, secas nem enchentes como os que afligiram o país nos últimos dois anos.

A pasta vislumbra que, sem a prevalência de fenômenos como El Niño e La Niña, que amplificam fenômenos climáticos extremos, a produção agropecuária neste ano vai ser maior.

O segmento alimentício pesou muito no bolso dos brasileiros no ano passado. Para se ter ideia, a inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024, com forte aceleração nos preços de carnes, café, leite e derivados.

No caso das carnes, os preços refletiram tanto o crescimento das exportações quanto a alta do consumo doméstico, além de restrições na oferta, a partir do último trimestre do ano, devido à reversão no ciclo do abate do gado.

O aumento nos preços do leite, por sua vez, deve-se à estiagem em regiões produtoras, o que afeta a qualidade das pastagens. Queimadas e secas prejudicaram a colheita do café.

Meta contínua
A partir deste ano, a meta de inflação do Brasil é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

A adoção desse período evita a caracterização de descumprimento em situações de variações temporárias na inflação. Por exemplo, um choque em preços de alimentos que faça o IPCA ficar fora do intervalo de tolerância por apenas alguns meses.

Em 2025, a meta de inflação é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – ou seja, piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar nesse intervalo de tolerância.

O objetivo é estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo:

ministro da Fazenda (presidente do Conselho);
ministro do Planejamento e Orçamento; e
presidente do Banco Central (BC).
O próprio BC, que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa de juros (a Selic), informou que a meta tem 50% de chance de ser descumprida em 2025. Em relatório publicado em dezembro de 2024, a autoridade monetária avaliou que a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta neste ano cresceu de 28% para 50%.

Se a meta for descumprida, o Banco Central precisa divulgar carta aberta ao ministro da Fazenda — neste caso, Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. Isso porque a autoridade monetária tem o papel de controlar o avanço dos preços.

O BC contém a inflação por meio da taxa básica de juros, definida pelo Copom a cada 45 dias.

Meta pode ser descumprida em junho, diz BC
Recentemente, o BC admitiu a possibilidade de a inflação acumulada em 12 meses ficar acima do teto do intervalo de tolerância da meta durante seis meses seguidos — o que caracterizaria o descumprimento da meta inflacionária em 2025. A primeira apuração por meio da nova sistemática será feita em junho.

Se a inflação continuar avançando, o valor acumulado em 12 meses permanecerá “acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, ressaltou o órgão.

“Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas”, acrescentou o Banco Central.


Por Metrópoles

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