Cientistas europeus estão aprimorando as habilidades do robô SpaceBok com o objetivo de otimizar a capacidade do novo equipamento de caminhar na superfícies irregular de Marte
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
O investimento no robô vem ganhando cada vez mais notoriedade após rovers, como o Perseverance, da Nasa, pousarem em Marte no início deste ano. Os robôs que hoje exploram o planeta se movem com o auxílio de rodas e essa é uma limitação para que distâncias maiores
Inicialmente o SpaceBok foi projetado para caminhar na Lua, mas agora os pesquisadores do ETH Zurique, na Súíça, e do Instituto Max Planck, na Alemanha, buscam adaptar os seus membros para ele poder se locomover na superfície marciana
Marte é conhecido por por ter um terreno muito irregular, com muita areia, pedras e áreas íngremes
Os testes do novo robô estão sendo realizados dentro de uma caixa de areia com alguns obstáculos para simular a superfície de Marte
Dois tipos de pés foram instalados ao SpaceBok durante os experimentos: um pontiagudo, capaz de afundar na areia como uma espécie de âncora, e um com formato achatado, que oferece ao robô a possibilidade ficar mais estável mesmo sobre a areia
Ao analisar o desempenho do dispositivo, os pesquisadores entenderam que, embora seja mais seguro, os pés achatados deixam o robô mais lento ao caminhar no solo arenoso
No caso dos pés pontiagudos, a principal desvantagem está no fato deles serem mais propensos a atingir pedras escondidas sob o solo marciano, mesmo que ofereçam maior velocidade ao robô