O Chelsea conquistou a segunda Champions League de sua história em maio, quando derrotou o Manchester City, também da Inglaterra, por 1×0 no Estádio do Dragão, em Porto, em Portugal. Segundo a tabela do campeonato inglês, que atualmente tem o clube de Londres no topo, e os sites de apostas, que colocam os Blues como um dos favoritos a todos os troféus que disputa, o sucesso da equipe sob o comando do treinador alemão Thomas Tuchel parece longe de acabar.
Com uma campanha de sete vitórias, um empate e apenas uma derrota, o Chelsea aparece em primeiro lugar na classificação da Premier League, o campeonato inglês. A ótima campanha até aqui é uma surpresa para alguns. Isso porque, mesmo tendo conquistado a Champions League, o Chelsea não era tido como uma certeza para disputar o título nacional. Longe disso. Afinal, ter a regularidade para conquistar a liga que é tida por muitos como a mais disputada e qualificada do mundo é uma tarefa bem diferente do que triunfar num torneio de mata-mata, ainda que este reúna as principais equipes da Europa.
A competição para ser campeão da Premier League é grande e de alto nível. O Manchester City, que venceu três das últimas quatro edições, e o Liverpool, do craque Mohamed Salah, são rivais difíceis de serem batidos. Já o Manchester United, atual vice-campeão, contratou nomes como o astro Cristiano Ronaldo, a revelação inglesa Jadon Sancho e o multi-campeão zagueiro francês Raphaël Varane, e também era tido como um possível campeão. Mesmo assim, o Chelsea, até aqui, mostra que é um concorrente a altura.
A equipe segue jogando no 3-4-3 instaurado por Tuchel logo após assumir o comando da equipe no meio da temporada passada, quando substituiu o lendário meio-campista Frank Lampard, ídolo do clube. Com o sólido senegalês Edouard Mendy sob as traves, o Chelsea tem um setor defensivo que sofre pouquíssimos gols. Os zagueiros Antonio Rüdiger e Andreas Christensen, outrora criticados, agora parecem ótimas opções ao lado dos veteranos Thiago Silva e César Azpilicueta.
A faixa central do meio-campo, composta por nomes como os indicados a melhor do mundo N’Golo Kanté e o ítalo-brasileiro Jorginho, além do ex-Real Madrid Mateo Kovačić, outra opção para a posição de volante, também subiu de produção sob a tutela de Tuchel. Nas alas, os ingleses Ben Chilwell, na esquerda, e o produto da base do Chelsea Reece James, na direita, oferecem proteção defensiva ao mesmo tempo em que aparecem como armas secretas no ataque.
O setor ofensivo, geralmente composto por Mason Mount, outra jóia da academia de base dos Blues, o talentoso jovem alemão Kai Havertz, autor do gol do Chelsea contra o Manchester City na final da última Champions League, e a contratação mais cara da história do clube, o potente centro-avante belga Romelu Lukau, também chama a atenção e desperta tremores em defesas adversárias.
O clube londrino ainda tem opções ofensivas como Timo Werner, titular em boa parte da última campanha, e os talentosos pontas Callum Hudson-Odoi, outro bom nome provindo da base do Chelsea, Christian Pulisic e Hakim Ziyech. No meio-campo, o espanhol Saul e os ingleses Ruben Loftus-Cheek e Ross Barkley, oferecem boas peças de reposição, enquanto a defesa conta com o goleiro espanhol Kepa Arrizabalaga e os jovens zagueiros Malang Sarr e Trevoh Chalobah – este último também revelado pelo clube.
Com tantas opções para compor o time e um futebol que recentemente alcançou resultados como um 4×0 contra o Malmo, da Suécia, na fase de grupos da Champions League, e uma goleada de nada menos do que 7×0 contra o Norwich pela Premier League, tratar o Chelsea como uma das melhores equipes do mundo se tornou uma necessidade.
Vitórias contra os rivais londrinos Arsenal e Tottenham fora de casa e um empate contra o Liverpool, também longe de seus domínios, mostram que os atuais campeões europeus conseguem os resultados necessários para sonhar com mais uma conquista de Premier League.
Já a nível europeu, o clube está encaminhado para conseguir a classificação para a fase de mata-mata da Champions League. Com seis pontos após três partidas, o Chelsea ocupa a segunda posição no grupo H, liderado pela Juventus, da Itália, e que também conta com Zenit, da Rússia, e o já citado Malmo. Os três jogos restantes da primeira fase devem apenas decidir em que posição os Blues avançam para as oitavas-de-final.
Como provou na temporada passada, o Chelsea é capaz de bater de frente com os melhores times da Europa e se sagrar campeão da Champions League. Mas, se equipes como o Bayern de Munique, da Alemanha, e o Paris-Saint-Germain, da França, por exemplo, acabarem levando a melhor no torneio continental, o início de temporada mostra que os torcedores dos Blues podem muito bem acabarem o campeonato sorrindo, já que a equipe tem tudo o que é necessário para conquistar o primeiro título inglês desde 2017, e o sétimo de sua história.