Presidente da CBF, Rogério Caboclo foi denunciado por assédios sexual e moral por uma funcionária da entidade, que apresentou a denúncia nesta sexta-feira (4) às Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade do órgão que rege o futebol brasileiro.
A informação foi dada primeiramente pelo GloboEsporte.com e confirmada pela ESPN Brasil.
A ação da funcionária, cujo nome será mantido em sigilo por questão de segurança, é o desdobramento do caso revelado com exclusividade pelo ESPN.com.br em 12 de maio.
O Comitê de Ética da CBF prometeu “agilidade com a investigação”.
“Se masturbava” e “cadela”
Segundo o Globoesporte, ela alega, por exemplo, que Caboclo já a perguntou se ela “se masturbava”. A funcionária também o acusa de tentar forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.
Segundo a funcionária, parte desses episódios aconteceu em reuniões com a presença de todos os diretores da entidade.
Ela também afirma que os abusos ocorreram quando Caboclo estava sob efeito de álcool. No documento protocolado, ela relata pedidos do presidente para que se escondesse bebidas, de maneira que o mandatário pudesse beber durante o expediente.
“Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive com tratamento médico. De fato, hoje apresentei uma denúncia ao Comitê de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas”, disse a funcionária ao GloboEsporte.
Entre as punições previstas no Código de Ética e Conduta da CBF, estão advertência, multa de até R$ 500 mil, prestação de trabalho comunitário, demissão por justa causa, suspensão de até 10 anos, proibição de acesso a estádios ou atividade relacionada ao futebol e mesmo o banimento.
ESPN.com.br