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Bolsonaro diz esperar não precisar usar tornozeleira eletrônica: ‘Humilhar de vez’

Ex-presidente também disse se sentir ‘constrangido’ por não poder ir à posse de Donald Trump nos Estados Unidos

Por: Redação
18/01/2025 às 20h22 Atualizada em 18/01/2025 às 20h27
Bolsonaro diz esperar não precisar usar tornozeleira eletrônica: ‘Humilhar de vez’
Bolsonaro disse se sentir 'constrangido' por não ir à posse de Trump Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas neste sábado (18) que se sente um “preso político”, apesar de não usar tornozeleira eletrônica. Na conversa, ele disse, em referência ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que espera que a “Sua Excelência não queira colocar” o dispositivo para “humilhar de vez”.

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“Sou um preso político, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a Sua Excelência não queria colocar em mim para me humilhar de vez”, afirmou.

Bolsonaro também disse se sentir “constrangido” por não poder ir à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. A cerimônia ocorre nesta segunda-feira (20).

“Estou constrangido. Queria estar acompanhando a minha esposa. Quem vai acompanhar vai ser o meu filho, o Eduardo, e a esposa dele. Queria estar lá. Até acertei encontro com chefes de Estado, via Eduardo Bolsonaro, e não vou poder comparecer”, declarou.

O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2024, depois de uma operação da Polícia Federal. Na semana passada, a defesa do ex-presidente pediu a devolução do documento, mas Moraes negou a solicitação.

A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão de Moraes, mas o ministro também negou o recurso e manteve o passaporte retido. Dessa forma, Bolsonaro decidiu enviar Michelle para representá-lo na posse do presidente eleito Donald Trump. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (20).

“Chateado”
“Estou chateado, estou abalado ainda. Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa [em referência a Moraes] decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende. O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, afirmou em conversa com jornalistas.

O ex-presidente também criticou o fato de não poder deixar o país mesmo sem ter condenação na Justiça.

“Sou investigado desde 2019, naquele fatídico inquérito das fake news, que está completando seis anos. Há dois anos aconteceu o 8 de Janeiro, e até hoje não sabem quem liderou a tentativa de golpe, segundo eles. Que golpe foi esse?”, disse o ex-presidente.

“Eu represento a direita no Brasil. Lamentavelmente, não pude comparecer nesse evento nos Estados Unidos sem ter uma condenação sequer. A imprensa do mundo todo vem noticiando isso daí. Não vão nos vencer por narrativas. Não pode uma pessoa no Supremo Tribunal Federal ser o dono da verdade, o dono do mundo, decidir o que faz com a vida de quem quer que seja”, continuou.

A decisão de Moraes
Em sua decisão, Alexandre de Moraes afirmou que Bolsonaro tem dado “apoio à ilícita evasão do território nacional e a defesa da permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina, para evitar a aplicação da lei e das decisões judiciais transitadas em julgado”.

Na quarta-feira (15), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra o pedido da defesa do ex-presidente para devolução do passaporte. Segundo o procurador, Bolsonaro não comprovou interesse público na ida dele aos Estados Unidos.

“O requerente não apresentou fundamento de especial relevo que supere o elevado valor de interesse público que motiva a medida cautelar em vigor. A viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível”, descreveu Gonet na decisão.

No texto, o procurador disse que não há evidência de que a viagem seria vital para o ex-presidente, a ponto de “sobrelevar o interesse público que se opõe à saída do requerente do país”.

Para Gonet, a retenção do passaporte é para impedir que Bolsonaro saia do país e objetiva satisfazer eventual instrução criminal e aplicação da lei penal. “A cautela se baseia, portanto, em razão de ordem pública, para preservar substancial interesse público, no contexto de investigações criminais de que resultou.”

Na semana passada, ao pedir a devolução do passaporte, a defesa de Bolsonaro apresentou ao STF um e-mail enviado ao filho dele Eduardo Bolsonaro pela campanha de Donald Trump que seria o próprio convite para a posse presidencial norte-americana.

Antes de tomar uma decisão, contudo, Moraes pediu aos advogados que apresentassem um documento oficial do convite feito a Bolsonaro. O ministro alegou “necessidade de complementação probatória, pois o pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários”.

Moraes disse que a mensagem foi enviada para o e-mail de Eduardo por um endereço não identificado e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado.

Em resposta, a defesa disse que o e-mail recebido por Eduardo era o convite em si, mas o argumento não foi o suficiente para convencer Moraes, que negou a entrega do passaporte de Bolsonaro.

Passaporte retido
O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2024, depois de uma operação da Polícia Federal.

A ação foi autorizada por Moraes nas investigações sobre a suposta organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

O ex-presidente pediu para ter acesso ao documento em outras situações, mas as solicitações foram negadas. Nas redes sociais, o ex-presidente chegou a dizer que se sentia honrado com o convite para a posse de Trump.

“Uma honra, estou muito feliz com esse convite. Estarei representando os conservadores da direita, do bem, o povo brasileiro lá nos Estados Unidos, se Deus quiser.”


Por R7

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