A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (13), solicitando o cancelamento das audiências para a tomada de depoimentos de testemunhas sobre a trama golpista, marcadas para começar na próxima semana.
A ação ocorre no âmbito da ação penal que investiga uma trama golpista para manter o ex-presidente no poder, apesar do resultado das urnas.
Entre maio e junho, estão previstos os depoimentos de 82 testemunhas, como os govenadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal).
As primeiras testemunhas a serem ouvidas foram indicadas pela Procuradoria-Geral da República, responsável pela acusação.
Na sequência, prestam informações as testemunhas do delator e tenente-coronel Mauro Cid. Depois, serão as testemunhas dos outros sete réus do chamado núcleo crucial da denúncia.
O pedido de cancelamento pela defesa ocorre para a "concessão de prazo suficiente para que o conjunto probatório, que permaneceu fora do processo, seja analisado pela defesa", diz o requerimento.
O objetivo é permitir "não só a necessária complementação do rol de diligências e testemunhas já apresentados, mas também especialmente o adequado questionamento das testemunhas arroladas pelas partes", prossegue.
Próximos passos
As investigações estão na fase de instrução da ação penal. É neste momento que o Ministério Público e as defesas poderão:
apresentar provas;
pedir diligências;
convocar testemunhas;
debater as teses das defesas e da acusação; e
realizar todos os atos processuais previstos na legislação.
Ao final dessa etapa, o STF fará o julgamento do mérito: decidirá se os réus devem ser condenados ou absolvidos.
Por G1