A tragédia envolvendo uma família aqui da cidade de Patos, onde um adolescente de 13 anos matou a mãe, Iranilda Medeiros, de 47 anos, e o irmão, Gabriel, de 7 anos, e baleou o pai, um sargento reformado da Polícia Militar, conhecido por sargento Benedito, de 57 anos, por causa de ter sido proibido de usar o telefone celular, ganhou projeção na mídia nacional e foi noticiada pelo programa Domingo Espetacular, exibido na noite deste domingo, dia 27 de março, na Record TV.
A equipe de reportagem do programa esteve na cidade de Patos e conversou com o delegado Renato Leite, responsável pelas investigações do caso, com a psiquiatra Caliandra Vasconcelos, que prestou atendimento ao garoto, e com o advogado Aylan Pereira, que é o advogado de defesa contratado pela família.
O destaque da reportagem vai para as falas da psiquiatra, que revelou pontos do diálogo que teve com o garoto durante a consulta, e do advogado que falou sobre sobre o interesse de anular o procedimento policial realizado na cena do crime, devido a inconsistências, e também sobre transformar uma eventual punição em tratamento médico.
A psiquiatra Caliandra esteve com o adolescente três dias depois da tragédia e revelou durante a reportagem alguns pontos da conversa com o garoto, como por exemplo a demonstração de amor do pai, que ainda baleado na sala de casa, disse ao filho que o perdoava: “Quando ele (adolescente) foi ligar para o SAMU quem deu o número pra ele foi o pai (Bené), que antes, quando tava no acontecido, o pai disse que perdoava, que amava muito ele, que ele ligasse pro SAMU e que tudo ia ficar bem. O pai disse o número, ele digitou, ligou, passou o telefone para o pai, e o pai quem falou com o SAMU, mesmo ferido”, comentou Caliandra.
Ela também comentou que o adolescente parece ter se dado conta da gravidade do que fez e chegou a se emocionar durante o diálogo com a psiquiatra: “Quando ele começou a se sentir a vontade, e eu deixei a fala livre, inicialmente não fiz perguntas, deixei que ele falasse, esse choro veio várias vezes, quando talvez ele tocasse em pontos que eram doloridos pra ele, mas ele já veio com outra característica que não apareceu quando ele foi levado à delegacia”, relatou a psiquiatra.
O advogado de defesa, Aylan Pereira, falou durante a reportagem sobre o interesse em anular todo o procedimento policial realizado depois que o adolescente foi levado à delegacia, sob a alegação de que tudo foi feito de maneira ilegal, pois não havia um advogado de defesa no local, e também em relação ao pedido de desinternação do garoto, que foi negado pela justiça: “Já estamos entrando, preparando um habeas corpus, pra subir para o tribunal, para pleitear esse direito que ele tem”, comentou.
Aylan também falou sobre o interesse de usar o laudo psiquiátrico para transformar uma eventual punição do adolescente em tratamento médico: “Então, o que a defesa pede ao judiciário é que humanize esse procedimento. É um fato atípico, nunca aconteceu conosco aqui na região. Então é o que a gente pede, que esse tratamento dispensado ao menor seja por de mais humanizado”, relatou.
Veja abaixo o vídeo completo da reportagem:
Redação com Patosonline
Com imagens e informações retiradas da reportagem da Record TV
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